A terceirização que já deu certo

28/03/2017 16:35

Victor Felipe Oliveira, CEO da VGX Contact Center

Aproxima-se, no Brasil, a terceirização trabalhista para todas as atividades. Após quase duas décadas de tramitação no Congresso Nacional, a Lei 4.302/1998 aguarda apenas aprovação do presidente Michel Temer. Não precisava desse tempo todo para entrar em vigor uma proposta que, além de flexibilizar as relações de trabalho, promete mais segurança jurídica aos empresários. É grande a expectativa para que, nesse momento em que sentimos absoluta necessidade da retomada da economia no país, tal iniciativa saia, finalmente, do papel.

Por estarem longe de seguir o padrão tradicional, os call centers são bons exemplos de que essa forma menos rígida de trabalho, livre das tantas restrições trabalhistas ou até mesmo geográficas, têm tudo para dar certo. No último ano, o setor teve expansão e movimentou mais de R$ 45 bilhões, ao contrário de diversos outros segmentos, que sofreram grande impacto com a crise econômica.

Esse campo já atua de forma terceirizada e será amplamente beneficiado pela sanção da lei, bem como as empresas que contratam tal serviço. Isso porque é um grande desafio para quem atua em qualquer área contratar e manter uma equipe fixa de atendentes de telemarketing, por exemplo. São altos custos para atender demandas que existem em um dia, mas não no outro, gerando ociosidade por longos períodos.

Diante desse impasse, às vezes, perdem-se boas oportunidades pela impossibilidade de ter um time multidisciplinar e capacitado. Nessa linha, não vejo sentido para tais companhias em investir em treinamento e qualificação de mão de obra, quando é perfeitamente possível terceirizar esses gastos com capacitação, transferindo essa conta para empresas que têm expertise nesse tipo de atendimento.

Tudo isso faz parte de uma tendência mundial de se reduzir custos e ampliar a especialização de quem executa a tarefa. E essa demanda vem de todos os lados, não apenas das incertezas da atual conjuntura econômica, como dos clientes, que desejam cortar custos como for possível, sem prejuízos à qualidade do que oferecem.

É importante ponderar, também, que o mercado não mudou sozinho, o perfil dos colaboradores já não é o mesmo. Estudiosos alegam que a geração Z, pessoas nascidas a partir do final de 1992, que já representa quinhão significativo dos funcionários de hoje, já não preza por estabilidade profissional e planos de carreira. Os sonhos de consumo não vêm com carteira assinada. Criar estratégias para motivar equipes inteiras das novas gerações, a ponto de reduzir o turnover, poder ser desgastante e ineficiente.

Além disso, ao contrário do que alguns temem, o trabalho terceirizado, longe de ser uma forma de precarizar as relações trabalhistas, representa a ampliação das formas de se criar empregos. Nada se altera em relação à CLT, os direitos adquiridos ao longo dos últimos anos permanecem intocados.

Se sancionada a lei, as mudanças das regras permitirão, sem dúvida, ainda mais investimentos e geração de novos postos de trabalho. Pois uma legislação própria para o assunto vai garantir mais segurança e abrirá a porta para novos negócios. Ganham os empresários, vencem também aqueles que ocuparem os novos postos de trabalho.

Via Assessoria de imprensa

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