Qui, 28 de Junho de 2012 15:13
Não é de hoje que as estradas brasileiras e os tributos ainda são um empecilho para a maioria das empresas que lidam com armazenagem e transporte. Mas saber como lidar com eles e obter sucesso é para poucos. E é sobre isso que o Makro pretende discutir, no dia 31/07, durante a palestra: “Soluções eficientes de armazenagem e distribuição: case Makro e DHL Supply Chain”.
Com lojas distribuídas em quase todos os estados brasileiros e uma estrutura de armazenagem de produtos para cada uma de suas lojas, a rede se viu obrigada a adotar um modelo mais eficiente de negócio e implantou o sistema Cross Docking - processo de distribuição do qual a mercadoria recebida é redireccionada sem uma armazenagem prévia -, associado a uma rede de distribuição focada em cada unidade. “Com esse modelo de centralização de entregas, em um curto período de tempo, as mercadorias de diferentes fornecedores localizados em diversas regiões do País são recebidas e consolidadas em uma única carga de expedição para nossas lojas”, explica Douglas Souza, diretor de supply chain do Makro, e um dos palestrantes convidados para o Brazilian Retail Week.
Após essa implantação, Souza constatou que os resultados foram satisfatórios em termos de nível de serviço (focado em atender ao sortimento), custos operacionais e satisfação dos clientes e fornecedores. Mas para que as empresas do setor continuem obtendo sucesso em suas estratégias de abastecimento, ele ressalta que o País também precisa driblar os atrasos no setor de transportes: “como ainda não temos uma agenda governamental que dite as regras para onde estamos caminhando, nossos grupos de exportação/importação estão espalhados por todo o País, mas até hoje continuamos discutindo a duplicação de rodovias federais e estaduais, além do sistema tributário, único no mundo onde a sociedade civil e governantes (de todas as esferas) não conseguem chegar a uma direção clara”.
Ou seja, mesmo com o Custo Brasil, que passa pela discussão de uma reforma na infraestrutura logística (com portos, aeroportos etc) e pelo modal de transporte eminentemente rodoviário, Souza acredita que a solução precisa passar por modelos de terminais multimodais. “Em um mesmo espaço físico precisamos ter trens, aviões, navios e caminhões em certas regiões do País, que facilitem o escoamento das exportações e importações. Isso sem se falar da carga tributária, que em diferentes regiões do Brasil torna um exercício desafiador para toda a cadeia de valor, no que diz respeito a soluções que não onerem o custo do produto final para o cliente”, conclui.
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Fonte e créditos: BR WEEK