Empreendedorismo Social: CABELEGRIA, transformando vidas com simples ações
Um dos melhores exemplos de Empreendedorismo Social no Brasil que conheço é o CABELEGRIA. Essa ONG nasceu na cidade de SP em outubro de 2013, com duas jovens amigas que tinham o mesmo objetivo: doar seus cabelos para pessoas vítimas do câncer.
No entanto, para Mariana Robrahn e Mylene Duarte, doar apenas os cabelos de cada uma era muito pouco, elas queriam fazer mais. Foi daí que surgiu a ideia de começarem uma Campanha para que outras pessoas pudessem ajudar a mudar a vida de mais gente. Iniciaram um movimento que acabou mudando tudo ao redor.
A Campanha foi um sucesso! Mesmo sem ter dinheiro envolvido, ela se espalhou tão rápido, que em menos de 2 meses já haviam arrecadado mais de 1.000 doações provenientes de todo Brasil. E o que fazer com tanto cabelo? Perucas! Como? Foram atrás de parcerias para a confecção das mesmas. Encontraram o salão da Andréa Lopes que ajudou a confeccionar e entregar em dezembro, a primeira peruquinha. Em menos de 3 meses, o CABELEGRIA começou a se tornar uma referência nacional, com reportagens no SPTV, Caldeirão do Hulk e outras mídias. A fama nunca foi o objetivo das meninas, o que elas queriam era o engajamento de milhares de pessoas no projeto e conseguiram!
EMPREENDEDORISMO SOCIAL E CABELEGRIA: UMA PARCERIA TRANSFORMADORA
O Empreendedorismo Social teve seu início em 1980, através do executivo norte-americano Bill Drayton. Devido ao seu trabalho, fazia viagens constantes à Índia e lá, ele não enxergava apenas a pobreza que assolava o país, mas também as ideias criativas que os indianos aplicavam no dia a dia em prol da comunidade em que viviam. Assim, ele fundou a primeira organização que selecionava e apoiava o novo empreendedor. Seu objetivo foi transformar positivamente o mundo e a vida das pessoas utilizando os métodos de grandes corporações, com baixo custo e alto impacto.
Qual a diferença do Empreendedorismo Convencional para o Empreendedorismo Social visto que nesse último também pode acontecer de ter lucros financeiros? A diferença está que o Empreendedorismo Social se utiliza do estilo de vida, das estratégias desenvolvidas e da geração de lucros para solucionar grande parte de problemas sociais.
Hoje, o Empreendedorismo Social está cada vez mais presente em todo o mundo pois, finalmente, as pessoas estão tendo mais a consciência de que o governo e as autoridades sozinhos não dão conta de resolver todos os desafios, por isso é necessário que se forme uma tríade entre o setor público, privado e o cidadão comum para que juntos possam transformar positivamente uma sociedade, transformar o mundo em que vivemos.
O termo “mudar o mundo” parece algo utópico. Sempre pensamos que é necessário que aconteçam milagres, que se tenha uma quantidade exorbitante de dinheiro, com tecnologia de ponta e grandes autoridades públicas comandando a ação.
Na verdade, nada disso é necessário se você tem vontade e disposição para fazer algo diferente para si e para outras pessoas, conhecidas ou não. Não importa se vamos ajudar 1 pessoa, 2 pessoas ou 100. O que importa é o sentimento que está por trás dessa ajuda. As fundadoras do CABELEGRIA perceberam isso rapidamente. Em busca de um sentido que as completasse, inovaram. Elas foram muito além de arrecadar cabelos, elas decidiram atuar diretamente na autoestima de cada uma das 850 pessoas entre adultos e crianças que receberam uma peruca. Para confeccionar cada uma delas, é necessário 180.000 fios de cabelos e 2 horas de trabalho de uma costureira especializada. Elas fazem parte da nova geração que está mais preocupada com a responsabilidade social.
Uma pesquisa da Consultoria Deloitte Brasil, aponta que 73% dos hiperconectados da geração Z se preocupam em ter uma carreira que esteja atrelada a um proposito que cause impacto social positivo.
O CABELEGRIA é a prova de que uma ONG, associação ou empresa pode nascer socialmente responsável e se tornar bem-sucedida em seus propósitos. Para deixar os pacientes mais à vontade para escolher sua peruquinha, foi criado o “Banco de Perucas”, assim as pessoas, principalmente as crianças, têm a opção de experimentar quantas perucas quiserem e levar a que mais lhe agradar. O primeiro banco de perucas foi inaugurado no Hospital Santa Marcelina (SP) e um mês depois, inauguraram o banco de perucas móvel graças à parceria de um empresário.
A proposta é levar o Truck, como é chamado, para todos os hospitais do Brasil que oferecem tratamento oncológico, com o objetivo de mostrar a importância de ter um banco de perucas fixo em cada um deles para que os pacientes tenham mais esse tratamento de forma atenciosa e carinhosa, mais humanizada.
COMO PODEMOS FAZER NOSSA PARTE?
Como todo negócio, há desafios. Quais são os atuais? “ Com certeza é o preconceito que ainda existe das pessoas em doarem dinheiro. Já passamos das 80 mil doações de cabelos, temos capacidade de produzir mais de 10 mil perucas, porém infelizmente, não temos verba para isso. Se cada pessoa doasse R$5,00 conseguiríamos atender muito mais pacientes, ” afirma Mariana.
Hoje, o CABELEGRIA conta com a ajuda de 10 voluntários, mais 5 pessoas contratadas (três costureiras e duas que ajudam na parte administrativa), no entanto, não é o suficiente.
Precisam de mais costureiras especializadas para confeccionar as 10 mil perucas. Imaginem o quanto podemos ajudar com tão pouco. Imaginem o quanto podemos transformar a vida de 10 mil pessoas, em sua maioria crianças com uma simples, com uma atitude nossa. Imaginem sermos coparticipantes do seguinte case vivido pela Mariana: “Um dia fomos até o Rio entregar peruquinhas em uma casa de apoio e, quando chegamos, uma menininha colocou uma peruquinha e não a tirou mais. Quando a mãe dela pediu para que ela experimentasse outra, ela começou a chorar dizendo que não queria tirar aquela peruca. Conversando com ela, ela quis me contar um segredo, disse que não queria tirar a peruquinha porque as pessoas confundiam ela com menino e que ela nunca mais queria ficar careca. São essas histórias que mostram que seguimos o caminho certo! ”
Todos nós podemos ser transformadores, basta querermos! Hoje, mais do que nunca, estamos conectados uns aos outros. A internet nos propicia isso. Vamos utilizar dessa força invisível que é a rede para causar impactos positivos e de alguma maneira, mudar a vida de crianças, adultos e seus familiares. Vamos compartilhar ações que possam ajudar essas pessoas. Não se trata apenas de resultados, e sim, o que nos tornamos durante essa jornada.
Por onde podemos começar? “Não pergunte o que o mundo precisa. Pergunte o que te faz sentir vivo e faça isso. Pois o que o mundo precisa é de pessoas que se sintam vivas” – Trecho do filme Quem sem importa, de Mara Mourão.
Para conhecer mais sobre o CABELEGRIA, acesse os links abaixo:
Adote uma peruca
Sabia que para se produzir uma peruca são necessários 180.000 fios de cabelo, uma costureira trabalhando por 2 horas e muito amor? Mas além disso ainda precisam de recursos para que ela fique pronta. Ajudem a presentear mais pessoas adotando uma peruca. Adote uma Peruca com o CABELEGRIA: Sabia mais em www.cabelegria.org ou compre os produtos disponíveis na lojinha https://likestore.com.br/store/showcase/cabelegria
Doação de Perucas:
Os pacientes podem receber uma peruca indo até no Banco de Perucas Móvel apresentando os seguintes documentos: Laudo médico (mínimo 6 meses atrás), RG e Comprovante de residência, escolha seu modelo e saia linda desfilando com seu novo look. Para quem não é de São Paulo, basta enviar os mesmos documentos para nosso e-mail cabelegria@gmail.com que mandaremos a peruquinha pelos Correios.
Via Andréa Guedes
CEO Tárin Consultoria Empresarial - www.tarinconsultoria.com.br/
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