Inclusão profissional beneficia relações da pessoa com deficiência
A conquista de espaço no mercado de trabalho garante mais auto-estima e autonomia à pessoa com deficiência e, em alguns casos, ajuda na vida financeira das famílias
á há quase 30 anos, a Avape - Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência se dedica à missão de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Uma das constatações feitas pela instituição a partir de todos estes anos de experiência é que a conquista de espaço e reconhecimento profissional, além de beneficiar diretamente e transformar a vida destes cidadãos, também tem um impacto positivo muito significativo para as famílias dessas pessoas, não só por questões financeiras, mas também emocionais.
“Além de ajudar as empresas a cumprirem a Lei de Cotas, o principal objetivo do trabalho voltado à inclusão é garantir mais qualidade de vida e autonomia às pessoas com deficiência. O trabalho faz uma diferença muito grande na vida de qualquer pessoa, tenha ela deficiência ou não. O trabalho dá auto-estima ao indivíduo e permite que ele se relacione com o mundo”, avalia Marcelo Vitoriano, Gerente Nacional de Inclusão e Capacitação Profissional da Avape.
Segundo Vitoriano, muitas pessoas com deficiência que estão fora do mercado se sentem como um ônus para suas famílias. A partir do momento em que essa realidade é transformada e elas conseguem trabalhar, começam então a se enxergar de outra maneira e se sentem realizadas por poderem se posicionar como cidadãos mais independentes e ativos. “As pessoas com deficiência que hoje não conseguem ir para o mercado de trabalho se sentem desmotivadas, pois se vêem como um peso para aqueles com quem convive. Na medida em que podem se dedicar ao trabalho, isso tudo melhora”, complementa o gerente.
Um exemplo de dedicação e superação é Samuel Cordeiro, deficiente intelectual, que conseguiu uma oportunidade em um grande banco em São Paulo e, hoje, é responsável pela maior parte da renda mensal de sua família. “Lá em casa, meu salário é maior do que o da minha mãe, do meu irmão e do meu padrasto. Eu ajudo porque eles ganham pouco. Ainda pretendo aprender muito para crescer na empresa”, relata Samuel, que passou pelos programas de Reabilitação e de Capacitação da Avape.
Cenário de inclusão
No Brasil, há hoje pouco mais de 300 mil pessoas com deficiência trabalhando formalmente, um número ainda baixo se considerarmos que o País tem uma população de 46 milhões de brasileiros com algum tipo deficiência, de acordo com o Censo 2010.
“Ainda assim é um número significativo, se considerarmos que antes da Lei de Cotas, instituída em 1991, as empresas simplesmente não contratavam as pessoas com deficiência”, afirma Marcelo Vitoriano.
O gerente da Avape alerta, no entanto, que outro entrave que há hoje no processo de inclusão é quanto à escolha por parte das empresas de profissionais que tenham apenas alguns tipos de deficiência específicos.
“O número de pessoas com deficiências físicas e auditivas trabalhando é maior do que o de pessoas com deficiência visual ou intelectual. Essas pessoas poderiam ter mais oportunidade, é necessário também olhar para esses mais excluídos”, lembra Vitoriano.
Além disso, Marcelo alerta para a educação das crianças com deficiência hoje. “O que estamos fazendo para que essas crianças sejam adolescentes mais preparados do que os adultos com deficiência que a gente tem hoje? O preparo para a vida profissional começa muito cedo”.
Outro ponto fundamental é ter a preocupação com a arquitetura. “Se o nosso país não tiver acessibilidade, se as organizações não tiverem infra-estrutura adequada, vamos continuar tendo dificuldade em contratar pessoas com deficiência”, finaliza.
Fonte e créditos: Portal Call Center
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