Mediação de conflitos: alternativa para evitar embates na Justiça por muitos anos e reduzir desgastes emocionais
Busca de direitos de família, do consumidor ou trabalhista. A verdade é que o Judiciário não consegue acompanhar a velocidade das informações e orientações que chegam ao cidadão, que busca seus direitos e tenta a solução com rapidez. O resultado: mais de 60 milhões de processos parados nos tribunais brasileiros, acumulados em pilhas.
Por isso, a publicação da Resolução 125, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reconhecendo a mediação e conciliação de conflitos como políticas públicas adotadas em todos os tribunais do país, abriu espaço para formas mais ágeis para acertar pendências sem a necessidade de esperar sentença de um juiz.
Segundo as mediadoras Helena Gurfinkel Mandelbaum e Miriam Bobrow, no entanto, o trabalho de mediadores de conflitos não é um cálculo matemático. O objetivo é tentar concluir acordos e evitar os longos anos de processos na Justiça, tratando cada história de forma humanizada e eficaz.
Para a socióloga aposentada, Maria Aparecida Moraes, a mediação feita pela consultora Helena Mandelbaum, mais que resolveu o problema, fez com que descobrisse o motivo que gerou a ação. O pai, médico psiquiatra, de 79 anos, entrou com pedido de pensão alimentícia alegando falta de recursos. Com o trabalho da mediadora, foi possível descobrir que essa era apenas uma forma de chamar a atenção dos filhos, na vida dos quais estava ausente e por isso tinha o mesmo tratamento por parte deles.
As mediadoras afirmam que esse trabalho somente pode ser exercido por profissionais capacitados, pois envolve questões subjetivas. “O bom senso e o conhecimento do comportamento humano devem falar mais alto. Devemos facilitar a comunicação entre os envolvidos e fazer com que um ouça o outro, para analisar e decidir pela melhor solução”.
De acordo com as especialistas, os resultados têm sido positivos e a expectativa é de que seja criada uma cultura de resolução de conflitos antes de impetradas. “Algumas faculdades já incluíram em grades curriculares o tema como disciplina e há cursos para formar e capacitar profissionais”, afirma Helena.
Mediadoras
Helena Mandelbaum é co-realizadora da Cartilha – “Mediação – uma Prática Cidadã”, lançada pela Unesco , em parceria com a UNINOVE – Universidade Nove de Julho, em 2005.
Helena também é uma das autoras do livro “Mediação no Judiciário: teoria da prática e prática na teoria”, indicado ao Prêmio Jabuti em 2012, é integrante do quadro de mediadores da Fiesp e faz parte do conselho consultivo do Fórum Nacional de Mediação (Foname), que criou um código de ética para a categoria. Coordenou o setor de mediação do Fórum de Santana no período de 2004 a abril desse ano, é professora e autora de diversos artigos sobre o tema.
Miriam, por sua vez, atua em áreas diretamente ligadas ao relacionamento humano desde 1980. É dona de um extenso currículo e de um trabalho de entendimento familiar terapêutico que a levou à mediação como forma de expansão do conhecimento adquirido em consultório e em trabalhos em Centros de Estudo e Apoio à Família e do primeiro site de relacionamentos do país, no ano de 1998.
Bernadete de Aquino
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