No Brasil a expectativa é de que essa nova forma de pagamento chegue a render de R$ 10 a R$ 20 bilhões, nos próximos cinco anos, de acordo com Guilherme Esquivel, sênior manager da Accenture, que mediou o debate “A evolução dos meios de pagamento no Brasil: do carnê ao mobile – vantagens e desvantagens”, ocorrido no dia 09, durante o Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento (CCMCC).
E não é pra menos. Se hoje já são cerca de 233 milhões de celulares circulando no País (praticamente um aparelho para cada pessoa), basta as empresas envolvidas nessa transação (como bancos e financeiras, telefonia, lojistas etc) se reunirem para discutir a melhor maneira de convergir fatores como: segurança para evitar o risco de fraudes, praticidade e tecnologia capaz de garantir a excelência nos serviços.
“Por um lado esbarramos no fator cultural, no que se refere a maneira como lidar com as orientações no PDV, do ponto de vista econômico e funcional para o usuário. Pelo outro, as empresas envolvidas nos serviços precisarão discutir os elementos que possibilitarão a viabilidade financeira desse serviço”, explica Sérgio Marcondes, sócio-diretor da Accentiv´Mimética, acrescentando que no Brasil ainda há problemas que dificultam o entendimento desse processo, como por exemplo o custo de adesão para o cliente.
No paralelo, Marcondes também ressaltou que a portabilidade se tornou um fator de barganha para o consumidor. E neste sentido, Laércio Pinto, presidente da unidade de negócios credit services da Serasa Experian e da Experian América Latina, que também participou do debate, acrescentou os problemas com as bandeiras de cartões de crédito. “O que motivaria economicamente a Visa e a Mastercard a migrarem do plástico para o mobile? É algo que precisa ser discutido”.
Por conta de todos esses detalhes, os convidados pontuaram alguns critérios que precisarão ser considerados até que a forma de pagamento por mobile se torne uma realidade.
Vantagens:
- Futuramente o celular também poderá ser utilizado como fonte de informações comportamentais e ferramenta de apoio para gerar uma gestão de inteligência;
- O aparelho pode permitir a divulgação de ofertas on-line, envolvendo lojistas, operadoras de cartões de crédito e companhias telefônicas;
- o mobile poderia gerar estratégias de marketing instantâneo, agregando valores para o varejista e redução de custos;
- essa nova forma de pagamento poderia gerar um CRM transacional, ao envolver todos os players da cadeia.
Desafios:
- criar processos e funcionalidades que atraiam o consumidor;
- os gestores/varejistas enfrentarão o desafio de ter que estimular tecnicamente o usuário a utilizar o mobile payment;
- transformar o celular em algo com utilização mais complexa, melhorar a infraestrutura e a tecnologia de acesso.
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Fonte e créditos: BR Week