Procon torna-se alvo de barganha política
A sucessão do Palácio dos Bandeirantes caminha para uma das mais evidentes barganhas políticas do País, em uma negociação que envolve o Procon, um dos órgãos brasileiros de maior credibilidade. Para que o PRB não lance Celso Russomano à disputa do cargo, o governador Geraldo Alckmin tem que cumprir o acordo firmado no ano passado e designar um indicado de Russomano ao comando do órgão.
O absurdo é ainda maior se pensarmos que Geraldo Alckmin é um dos maiores defensores e, inclusive, responsável pela relatoria do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Como é possível o governador permitir um disparate como este? Até que ponto é válido “entregar” a defesa do consumidor em troca de apoio político e algum minutinho na TV?
Pela primeira vez em 38 anos de história o Procon poderá perder a credibilidade adquirida após um trabalho primoroso realizado por profissionais tecnicamente preparados para assumir cargos como esse que, agora, virou alvo de leilão político. Não faz sentido. A fundação é um órgão auxiliar do poder judiciário que tem como função realizar a elaboração e executar diferentes políticas estaduais que protejam e defendam os consumidores. Não consigo imaginar uma forma de caminhar lado a lado com interesses políticos sem colocar em dúvida a reputação e a credibilidade do órgão. Em uma época em que o diálogo entre consumidores, empresas e governos tem sido fomentado é, no mínimo, irônico que a política de defesa do consumidor seja tratada como uma mercadoria de favores.
A defesa do consumidor no Brasil adquiriu um patamar de excelência e respeitabilidade de classe mundial. Ela não pode ser mais um órgão loteado por políticos. Isso colocará em cheque toda a reputação do sistema.
* Roberto Meir é especialista internacional em relações de consumo, varejo e estratégias de relacionamento com stakeholders, conhecimento que adquiriu como fundador e publisher das revistas Consumidor Moderno e NOVAREJO. É presidente do Grupo Padrão, que atua na área editorial, digital e de eventos corporativos. É coautor dos livros “O Brasil que Encanta o Cliente”, “Ativos Intangíveis – O Real Valor das Empresas”, “Do Código ao Compromisso – Propostas Efetivas para a Melhoria dos Serviços ao Consumidor no Brasil”, “Feitas para o Cliente – As Verdadeiras Lições das Empresas Feitas para Vencer e Durar no Brasil” e “A Era do Diálogo”.
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