Uma nova geração de consumidores para 2012

27/11/2011 11:04

Considerado um dos mais completos dossiês de tendências do varejo – por incluir o BRIC (Brasil, Índia, Rússia e China);  N-11 (Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Coreia do Sul, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã); Europa e Estados Unidos -, a Pesquisa internacional Retail Trend 2012, conduzida pelo The Future Laboratory, revela o surgimento de um novo consumidor, influenciado pelas crises econômicas, pelo impacto de novas tecnologias e pelo amplo questionamento sobre a sustentabilidade do consumo contemporâneo.

De acordo com o estudo, esse consumidor motivou inclusive a criação de tendências como a Rurbanism – que consiste numa maior valorização da “geração do nós” ao invés do “eu” - e tem demandado dos gestores de marcas e produtos, a criação de novas fórmulas de relacionamento.

O cliente dessa nova década está mais preocupado com questões de sustentabilidade, essencial à motivação de sua compra, segundo Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage - agência produtora de insights aplicáveis ao negócio, que representa com exclusividade no Brasil o estudo Retail Trend 2012 - e um dos principais especialistas em Tendências no País. “O consumidor contemporâneo exige uma reinvenção do varejo; o que os estudiosos de tendências têm classificado como a Idade da Transformação”, afirma o executivo, aproveitando para esclarecer que os novos consumidores prestigiam marcas que tenham uma postura ética, unindo valores do passado aos avanços digitais do futuro. “De modo geral, autenticidade é a palavra que mais define essa demanda do consumidor”, define.

Nesse quesito, os resultados revelam inclusive que as decisões se basearão em princípios éticos, ambientais e comunitários, e que o novo consumidor não quer apenas que a sua marca favorita compartilhe esses valores, mas também os expresse plenamente.

Rurbanism, uma tendência

Estreitamente relacionada com a redescoberta do convívio – uma reação avessa à onipresença da vida on-line e digital – essa tendência se baseia na “valorização dos bastidores” do processo de produção. “Os consumidores, sobretudo europeus, estão cansados do anonimato das corporações multinacionais, ou seja, querem saber a procedência dos produtos e o trabalho qualificado que está por trás deles”, explica Al-Assal.

Fiéis a marcas e varejistas que norteiam sua atuação pela responsabilidade socioambiental, esses consumidores têm o serviço comunitário como parte do seu DNA. Alguns deles investem inclusive na produção de alimentos para consumo próprio.

Pensando nisso, algumas redes de supermercado na Europa aumentaram a oferta de alimentos orgânicos e produtos caseiros, produzidos por cozinheiros locais. O Cornercopia Brixton, no sul de Londres, é um deles, e os restaurantes da Califórnia (EUA) e Cingapura têm adotado a mesma tendência.

Ênfase para o varejo on-line

Os gestores das “lojas convencionais” devem se atentar para a presença on-line como forma de maximinizar suas vendas. Já os varejistas locais devem investir para ampliar sua atuação se quiserem sobreviver. “A presença on-line é tão importante que algumas lojas na Europa montaram quiosques de pesquisa on-line nos próprios estabelecimentos para que o cliente possa consultá-los dentro da loja. Esse é um claro investimento para se tornar multicanal e alinhar o negócio ao novo perfil de consumidor”, conta Al-Assal.

De acordo com o levantamento, o mundo está diante da segunda geração de e-compradores. Na prática, o varejo on-line migrou dos computadores para os smartphones. A pesquisa revela que até 2015, os consumidores de todo o mundo devem gastar cerca de US$ 119 bilhões em bens e serviços adquiridos via celular.

O contato com o cliente

As tendências mostram também que é preciso construir formas diferenciadas de se chegar ao cliente e entender de que maneira a marca é percebida por ele.

“Algumas empresas na Europa perceberam que mesmo nas compras on-line, por exemplo, o usuário gosta de ter a experiência de retirar o produto como em uma compra convencional. Diante disso, elas criaram armazéns para que seus clientes pudessem viver esse momento. Ou seja, as empresas entenderam que alguns consumidores não querem que a compra seja estática, desprovida de estímulos táteis. Trata-se de uma alternância entre a combinação dos mundos on-line e off-line”, explica Paul Al-Assal, acrescentando que este formato é conhecido como drive-through.
Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, alguns varejistas têm investido inclusive em exposições interativas e educacionais, destinadas a aproximar o cliente do processo de produção e assim, informá-lo sobre a procedência dos alimentos.

Perfil do consumidor

Em meio a tudo isso, o consumidor europeu contemporâneo está mais cauteloso. Uma prova disso é que na Alemanha, 72% deles afirmaram durante a pesquisa que gastarão menos do que em 2010 – quadro semelhante ao da Espanha e França, onde 82% e 74% deles declararam respectivamente a mesma intenção em reduzir seus gastos.

Em contrapartida, as economias do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) revelaram otimismo. Na Índia, até 2013 o varejo deve faturar US$ 833 bilhões, subindo para US$ 1,3 trilhão até 2018, segundo os dados do India Brand Equity Foundation.

Na China, o varejo deve crescer 47% em cinco anos, chegando a US$ 2,5 trilhões em 2014. Também há boas perspectivas para os países que compõem o N11 (Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Coreia do Sul, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã).

Nos Estados Unidos, as compras com celular devem atingir a marca de US$ 8,6 bilhões em 2014, de acordo com a ABI Research. “Na Starbucks, por exemplo, o cliente paga suas despesas pelo celular, tornando o aparelho um cartão de crédito e débito”, diz Al-Assal, acrescentando que no país, 30% dos americanos usam o telefone móvel para comparar os preços antes de comprar.

Além disso, a Starbucks tem incentivado seus consumidores a registrar a presença na loja, via Foursquare, e a participar de programas de recompensa. Ao se inscrever, o cliente tem direito a descontos e brindes.
 

www.cmnovarejo.com.br/varejo-em-foco/pesquisas-e-fluxo-do-varejo/2056-uma-nova-geracao-de-consumidores-para-2012

Fonte e créditos: NOVAREJO

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